A cirurgia de “lifting” das mamas ou cirurgia para “levantar” as mamas como é conhecida no Brasil, hoje é procurada por mulheres que desejam uma solução para uma das maiores preocupações estéticas femininas: a flacidez dos seios.
Entre as principais causas da flacidez nos seios, estão: alterações de peso, a força da gravidade, a genética da paciente, o processo natural de envelhecimento , as alterações da posição das mamas após a gravidez, devido à oscilação de tamanho dos seios durante a amamentação e, principalmente, à involução da mama, quando a mulher para de amamentar e as suas glândulas mamárias são progressivamente substituídas por tecido gorduroso.
Como funciona a cirurgia de “lifting” das mamas?
O “lifting” das mamas, ou mastopexia (nome da técnica operatória), reposiciona a aréola e o tecido mamário para remover o excesso de pele e adequar o tecido remanescente, formando assim o novo contorno da mama e, dessa forma, elevando o seio a sua posição original. A cirurgia pode também reduzir o tamanho da aréola e conferir uma aparência rejuvenescida para os seios.
É importante lembrar que, em geral, esta cirurgia não tem influência significativa sobre o tamanho das mamas. No entanto, é possível realizar o “lifting” das mamas associado a uma mamoplastia de aumento ou de redução. Em alguns casos, a prótese mamária é necessária para preencher espaços “vazios” da mama e, assim, devolver a firmeza e o volume desejados no resultado final.
As cicatrizes podem ser em formato de “T invertido”, “L”, “I” ou periareolar, dependendo do tamanho e grau de flacidez de cada mama. Quem determinará o procedimento é o cirurgião, que tentará fazer a menor cicatriz possível de acordo com a necessidade da paciente.
Quem pode fazer a cirurgia de “lifting” das mamas?
A mulher que deseja fazer uma cirurgia de “lifting” mamário deve, inicialmente, procurar um médico cirurgião registrado e de confiança, que irá avaliar sua condição física para a cirurgia. Mulheres fisicamente saudáveis, capazes de manter um peso estável e que não fumam podem obter mais sucesso com o procedimento.
É fundamental lembrar que, em um procedimento estético como a cirurgia de “lifting” das mamas, a mulher deve ter expectativas realistas. Converse com o médico sobre suas razões para fazer a cirurgia, o resultado esperado, condições médicas, histórico familiar e seu ritmo de vida.
Por isso, no pré-operatório, é muito importante que a paciente seja completamente sincera com seu médico cirurgião em relação às suas expectativas, e que o cirurgião, após uma avaliação precisa, verifique se o resultado desejado pela paciente é passível de ser alcançado pela técnica cirúrgica .
A preparação para a cirurgia de “lifting” das mamas deve incluir exames laboratoriais, ecografia mamária, mamografias, interrupção de tratamentos e, até mesmo, a necessidade de parar de fumar antes do procedimento.
Muitas vezes o cirurgião solicitará a avaliação de outro especialista como, por exemplo, um mastologista ou cardiologista, antes de programar o procedimento, principalmente caso um dos exames pré operativos identifiquem alguma condição patológica que exija cuidado.
A cirurgia de “lifting” das mamas não costuma ser indicada para mulheres muito jovens, pois, devido ao tipo de incisão e, diferente da cirurgia de aumento das mamas, pode prejudicar a amamentação. Doenças auto-imunes ou doenças crônicas descompensadas também podem ser contra-indicações para a realização do procedimento de “lifting” mamário. Por isso, é fundamental a realização de uma boa consulta médica, na qual a paciente não omita qualquer doença prévia ou medicação da qual faça uso é fundamental.
Existem riscos para quem faz a cirurgia de “lifting” das mamas?
Cabe ao médico ouvir a paciente, analisar a coerência entre necessidade e desejo de cirurgia, propor tratamento, informar sobre possíveis resultados e complicações e esclarecer dúvidas da paciente antes de executar o procedimento.
Uma vez esclarecidos todos esses pontos, a paciente poderá solicitar e autorizar o médico a realizar a cirurgia de “lifting” das mamas, assumindo a ciência, compreensão e aceitação quanto aos possíveis resultados e riscos que o procedimento oferece.
Algumas adversidades estéticas também podem afetar a mulher que realizar a cirurgia de “lifting” das mamas, como cicatrizes desfavoráveis, sangramentos, formação de hematomas, alteração da sensibilidade do mamilo, da pigmentação, e irregularidades no formato dos seios.
A recuperação da cirurgia de “lifting” das mamas é difícil?
O pós-operatório da cirurgia de “lifting” das mamas não costuma ser muito dolorido. No entanto, como em qualquer procedimento cirúrgico, alguns cuidados são importantes. Usar o sutiã cirúrgico pelo período recomendado, evitar esforços físicos e movimentos bruscos com os braços, levantar pesos, expor-se ao sol, deitar de bruços e levantar os braços acima dos ombros são recomendações para os primeiros 30 dias do pós-operatório. A alimentação pode ser feita normalmente, seguindo uma dieta saudável.
A mulher que realizar a cirurgia de “lifting” das mamas notará o resultado ao longo dos meses, portanto, deve lembrar de que o resultado imediato não é o definitivo, ainda que já possa apresentar melhoria estética. O procedimento costuma atingir seu resultado definitivo, em média, 1 ano depois de realizado, quando o período de cicatrização está se completando e as mamas já se “acomodaram” em sua nova posição .
As cicatrizes também tendem a melhorar com o tempo e, no caso de quelóides, existem recursos clínicos e cirúrgicos que podem ajudar com o problema.
A longo prazo, a manutenção de um peso estável e um estilo de vida saudável são muito importantes para que os resultados permaneçam por mais tempo. No entanto, é fundamental que o entendimento de que nenhum resultado, por melhor que seja, é eterno, e a paciente deve seguir uma rotina de avaliações médicas anuais para verificar sua saúde ginecológica.
Dr. Cássio Amancio
Cirurgião Plástico
CRM 74381