À primeira vista, as mamas grandes e volumosas podem parecer o desejo de muitas mulheres, sendo associados culturalmente com a feminilidade e sensualidade. Na prática, entretanto, seios com tamanhos desproporcionais e volumosos podem provocar insatisfação tanto na estética quanto na saúde, o que pode afetar diretamente a postura, causar dores nas costas e, algumas vezes, comprometer a qualidade de vida dessas pacientes. Nesses casos, a mamoplastia redutora pode ser uma recomendação.
Quando a mamoplastia redutora é uma recomendação?
Quando em excesso, o peso do tecido mamário pode provocar um desconforto físico e emocional, limitando a prática de atividades físicas, escolha de roupas e causando dores frequentes nas costas, ombros e pescoço. Também é comum que seios grandes apresentem flacidez, com uma aparência ‘pendente’ (ou “caída” como se lê nas revistas leigas) e com pouca harmonia em relação ao corpo da paciente.
Para as mulheres que convivem com essas restrições, a mamoplastia redutora poderá ser uma indicação cirúrgica. Apesar de não haver uma idade determinada, normalmente indica-se que a cirurgia seja realizada quando o desenvolvimento das mamas está maduro e, idealmente, quando a mulher não tem mais planejamento de futuras gestações.
Como sempre reforçamos em procedimentos desse tipo, a paciente que procurar a assessoria de um cirurgião plástico deve estar aberta para discutir os possíveis resultados da cirurgia, além de debater os objetivos, estilo de vida e planejamento familiar durante as consultas prévias. Aproveite esse período para tirar as dúvidas e ter uma noção mais clara dos resultados possíveis.
Além disso, é importante reforçar que após a mamoplastia redutora as mamas continuam sob os efeitos do envelhecimento, mudanças de peso, fatores hormonais e futuras gestações, podendo ocorrer novas variações no volume e forma das mamas com o passar dos anos, o que é natural.
Como é o pós-operatório da mamoplastia redutora?
A mamoplastia redutora remove o excesso de tecido glandular, gordura e pele das mamas, diminuindo a sua projeção no tórax em busca de um contorno mais harmonioso. Diferentes técnicas cirúrgicas podem ser associadas, sempre buscando medidas que sejam agradáveis tanto na estética quanto para saúde da paciente.
Na maior parte dos casos, a cirurgia é realizada sob anestesia geral e tem uma duração entre três e quatro horas, com período de internação em torno de 12 horas.
Após a cirurgia, siga as recomendações do cirurgião para melhor recuperação e cicatrização. O sutiã cirúrgico é utilizado para proteger, sustentar e minimizar o inchaço nas primeiras semanas. Apesar de não costumar ser dolorido, analgésicos podem ser indicados pelo médico, com a orientação de manter o repouso até a retirada dos pontos, evitando levantar os braços acima dos ombros de forma excessiva. Após esse período, as atividades cotidianas, como dirigir ou praticar esportes, serão gradualmente retomadas.
O resultado final da cirurgia, mesmo com visíveis diferenças no pós-operatório imediato, será atingido após seis meses da cirurgia, quando o novo tamanho das mamas estará mais proporcional, natural e com a melhora do desconforto físico causado pela mamas volumosas.
Como qualquer cirurgia, a mamoplastia redutora pode apresentar complicações, como infecção, sangramento, hematomas, perda de sensibilidade, cicatrizes inestéticas e até sofrimento de aréola, embora pouco frequentes, estas possibilidades devem ser devidamente apresentadas pelo médico e discutidas com a paciente antes da realização do procedimento.
Desta forma é indispensável buscar um profissional credenciado pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e registrado pelo Conselho Federal de Medicina. Como sempre orientamos para todo e qualquer procedimento cirúrgico , durante as consultas verifique se a sua solicitação é passível de ser atingida pela técnica operatória , desconfie de locais sem estrutura, preços abaixo da média , assim como de promessas de resultados fora da realidade.
Dr. Cássio Amancio
Cirurgião Plástico
CRM 74381