Abdominoplastia: Cirurgia plástica do abdômen

 

É comum que após a gravidez, perda expressiva de peso ou mesmo com o efeito dos anos, a área do abdômen apresentar um excesso de pele e flacidez, o que para alguns pacientes é um fator que pode contribuir para uma diminuição da auto estima e confiança. Especialmente quando pessoas mais jovens são afetadas, a abdominoplastia pode ajudar na recuperação do contorno corporal!

O que é Abdominoplastia?

Apesar de diferentes técnicas e procedimentos, a abdominoplastia é a retirada dos excessos de pele e gordura na região do abdômen através de cirurgia. Com diferentes técnicas dependendo da paciente e do objetivo indicado, na abdominoplastia além da retirada da pele e gordura da região, também é possível reposicionar os músculos do abdômen e o umbigo, em busca de um resultado mais completo e adequado . Dependendo do biotipo e cicatrização do paciente, o resultado normalmente é próximo ao natural, com a redução visível da área desejada, tornando a ‘barriga’ menos proeminente . Em alguns casos, inclusive, há até a redução das estrias que estavam localizadas abaixo do antigo umbigo, já que a pele em excesso, que estava nesta área, normalmente é retirada!

Apesar de ser uma das 10 cirurgias plásticas mais realizadas no país, ainda há muitas dúvidas e associações errôneas sobre a abdominoplastia. É importante esclarecer que, apesar de ,em muitos casos ,serem realizadas pelo mesmo paciente, a abdominoplastia pode não ter uma relação direta com a cirurgia bariátrica ou mesmo com a lipoaspiração. Dependendo do objetivo do paciente, aliar a abdominoplastia com a lipoaspiração pode estar indicada (por exemplo, na técnica de “Lipoabdominoplastia”) ou a lipoaspiração pode ser utilizada em busca de uma melhor modelagem de regiões próximas ao abdômen (nos flancos ou nas regiões dorso lombares). Dessa forma, é importante enfatizar que a abdominoplastia não tem o objetivo primário de reduzir o peso ou emagrecer as pacientes, mas oferecer a redução de pele e flacidez apenas da região abdominal, buscando uma suavização do contorno corporal.

Para quem é indicado a Abdominoplastia?

A abdominoplastia é uma cirurgia muito procurada e recomendada para homens e mulheres que apresentam acúmulo de pele e gordura na região do abdômen, normalmente resultados de uma perda de peso expressiva (como em pacientes que realizaram a bariátrica), mulheres depois da gravidez ou mesmo pacientes que por fatores genéticos ou do biotipo apresentam uma gordura localizada na região, o que pode ficar ainda mais evidente com o passar do tempo. Especialmente entre os pacientes mais jovens, ao redor dos 30 anos, é normal o relato de uma sensação de incômodo com a aparência, com uma gradual insegurança na hora de se vestir ou mesmo problemas com a auto estima decorrentes dessa flacidez.

No caso das mulheres em específico, apesar de não impedir de ter outros filhos, a abdominoplastia é recomendada para pacientes que já não desejam mais engravidar, uma vez que os resultados e procedimentos da cirurgia poderão ser comprometidos com a expansão da região por uma nova gravidez. Além disso, é fundamental que a paciente esteja clinicamente saudável ,com a sua altura e peso proporcionais e dentro da normalidade.

Os cuidados e planejamento para a Abdominoplastia

Como todo procedimento cirúrgico, o paciente que tenha interesse em realizar uma abdominoplastia deverá realizar consultas e entrevistas nas quais será analisado o objetivo, condições físicas do paciente e a identificação das melhores técnicas cirúrgicas para cada caso e necessidade. Além disso, há necessidade de uma avaliação cardiológica e do anestesista no pré-operatório e, após a cirurgia a paciente deverá ser encaminhada para fisioterapia dermato funcional, o que contribuirá para os melhores resultados e recuperação dos pacientes.

Realizada normalmente entre três e quatro horas, a abdominoplastia utiliza anestesia geral ou peridural com sedação, com o tempo de internação ao redor de 24h, em casos normais. São utilizados drenos de aspiração para evitar o acúmulo de líquidos pós-operatórios, que serão retirados dias após a cirurgia. Apesar de serem incomuns, há possíveis complicações pós-operatórias como infecções, necroses (ou perda de vitalidade da pele que foi reposicionada) ,hematomas (ou seromas) abaixo da pele descolada e até cicatrizes desfavoráveis (altas ou largas), além do característico inchaço e vermelhidão da região nos primeiros dias.

Seguindo as orientações indicadas pelo médico responsável, é indispensável que nas primeiras semanas do pós-operatório o paciente realize o repouso, mesmo de atividades cotidianas, com o uso indicado de cintas ou malhas elásticas, para melhor recuperação e postura da região operada. Mesmo que aparentemente o paciente note uma boa cicatrização e esteja sentindo-se bem, há uma recuperação interna que poderá ser comprometida caso o paciente não respeite esse período de descanso indicado. As atividades diárias serão gradualmente liberadas, como a atividade física que pode ser progressivamente retomada após um mês da operação, como por exemplo, uma caminhada leve (sem carga), naturalmente variando de caso a caso!

Por ser uma cirurgia que exige o cumprimento das indicações de repouso, é indicado que o paciente conte um planejamento prévio e auxílio durante as primeiras semanas, até a liberação médica para retomada das funções. Já a temida cicatriz, embora permanente, normalmente é realizado um corte horizontal que possa ser escondido pela cobertura de roupa íntima ou de banho, com pouco prejuízo para a aparência dos pacientes. Nos casos de pacientes que fizeram cirurgia bariátrica prévia ou cujo biótipo apresenta um ‘umbigo alto’, pode ser necessário uma cicatriz vertical combinada com a cicatriz horizontal , semelhante a letra “T “ Invertida , para se obter um melhor resultado. O resultado final da operação será obtido de seis meses a um ano após a realização do procedimento, quando se completará a cicatrização.

Como todo procedimento médico de cirurgia plástica é indispensável que tanto para possíveis dúvidas quanto para detalhes do pós-operatório, o paciente consulte um profissional que seja membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e reconhecido pelo CFM (Conselho Federal de Medicina). Cada paciente exigirá uma avaliação pessoal, com possíveis resultados e necessidades. Além disso, o bom profissional deve explicar (oralmente e por escrito) as possíveis complicações e intercorrências associadas a este procedimento antes de realizar o mesmo!

Dr. Cássio Amancio

Cirurgião Plástico

CRM 74381

Plástica Queimadura SMCC