Apesar dos seios volumosos serem o desejo de muitas mulheres, em alguns casos as mamas muito grandes podem provocar mais problemas do que vantagens, incluindo dores físicas e até insegurança ou baixa auto-estima . Para essas mulheres que se sentem desconfortáveis com o tamanho dos seios, a mamoplastia redutora pode ser uma boa opção, além disso, este procedimento cirúrgico está no ranking de cirurgias plásticas mais realizadas no país, de acordo com a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.
Mamoplastia Redutora: para quem está indicada?
Apesar de não existir um consenso, o tamanho das mamas deve seguir as características anatômicas do tórax, sendo proporcionais ao peso, altura e perfil da mulher. Os seios grandes têm maior flacidez e peso, o que pode provocar dores nas costas, no pescoço e ombros. Especialmente para aquelas mulheres que mantém uma rotina ativa ou praticam atividades físicas, o peso das mamas pode causar ainda mais cansaço e dores ao fim do dia. Há também, aqueles casos que, com o intuito de disfarçar o tamanho das mamas, a mulher começa a curvar a sua postura, o que com o tempo provoca ainda mais dores nas costas e problemas na coluna.
Além dos fatores físicos, seios muito grandes também podem afetar a auto-estima das mulheres, especialmente no fim da adolescência e começo da vida adulta. Há relatos de mulheres que tentam disfarçar o seios volumosos com o uso de sutiãs, faixas elásticas, tops, roupas largas e não conseguem se sentirem seguras e confiantes com o próprio corpo, seja na hora de comprar uma roupa mais justa ou mesmo frequentar academias, praias ou piscinas. Para as mulheres que convivem com essas preocupações, a mamoplastia redutora pode ser indicada para pacientes a partir dos 16 anos, pois nesta época o desenvolvimento mamário estará quase completo; porém, a maior parte das pacientes procuram pela cirurgia após os 18 anos de idade.
Como a mamoplastia redutora é realizada?
Apesar das diferentes técnicas, de maneira geral, a mamoplastia redutora é um procedimento cirúrgico que retira o excesso de gordura e pele da base das mamas, com o objetivo de deixá-las com um volume menor e mais proporcionais ao tórax da mulher. A técnica cirúrgica utilizada varia dependendo do caso e da anatomia de cada paciente, mas os resultados são evidentes logo após a operação. Com a diminuição do inchaço nas semanas seguintes o resultado ficará ainda mais natural!
É importante esclarecer que a mamoplastia redutora não tem relação direta com o uso de próteses de silicone, uma dúvida comum que vemos em sites e blogs sobre o assunto. Além disso, as mulheres que se submetem a mamoplastia redutora também conquistarão um posicionamento mais adequado das suas mamas , uma vez que, é comum as mamas muito grandes também apresentarem uma posição mais “baixa” ou “caída” como as pacientes referem na consulta.
Em alguns casos, entretanto, quando as mamas são predominantemente adiposas (apresentam muito “tecido gorduroso”) e flácidas, apenas a mamoplastia redutora não é suficiente para atingir o objetivo de ter seios “firmes” e mais simétricos, nestes casos selecionados, é possível associar uma pequena prótese mamária para se obter um formato mais “cônico” e uma textura mais semelhante a glândula mamária quando jovem. A mamoplastia redutora também não impede que, futuramente, com a ação do tempo ou outros fatores como a amamentação ou mudanças acentuadas de peso, a paciente não possa optar pelo uso de próteses ou um novo “Lifting” mamário (procedimento para levantar as mamas).
Apesar da popularização e divulgação dos procedimentos estéticos nos últimos anos, a mamoplastia redutora é uma cirurgia que exige dedicação e cuidados das pacientes no pré e pós-operatório. Além disso, é importantíssimo que a paciente esteja com a sua altura e peso proporcionais e dentro dos limites saudáveis! Este procedimento pode ser realizado com um risco baixo de complicações, desde que a paciente siga as indicações referentes aos cuidados após a operação, como uso do sutiã cirúrgico de 30 a 45 dias, fazer os retornos recomendados, evitar atividades físicas mais vigorosas e tomar os medicamentos indicados pelo cirurgião. Normalmente, após duas a três semanas as pacientes já retomam as atividades intelectuais, evitando apenas o esforço físico ou impacto na região operada.
As temidas cicatrizes também variam dependendo da técnica utilizada (podem ser ao redor das aréolas, verticais, semelhantes a letra “L” ou a letra “T” invertida), dependendo da natureza genética da pele e, naturalmente, dos cuidados que a paciente terá no pós operatório. Na maior parte dos casos, as cicatrizes melhoram ao longo do tempo e são bem aceitas pelas pacientes .
Tire as dúvidas e escolha o melhor momento para a cirurgia !
Especialmente para as pacientes mais jovens ou que estão inseguras quanto aos resultados da mamoplastia redutora, é importante que durante as consultas e exames todas as dúvidas sobre o procedimento sejam esclarecidas, inclusive com as expectativas reais sobre o resultado possível. Durante a consulta é realizada uma entrevista que ajudará o cirurgião a entender o estilo de vida, objetivos, uso de medicamentos e possíveis fatores de risco, para evitar possíveis complicações futuras. Há também uma avaliação dos seios, no qual o médico irá verificar a quantidade de pele e flacidez das mamas, indicando o procedimento mais indicado para a redução. Após este primeiro contato , devem ser solicitados os exames de imagem, ecografia mamária e, em muitos casos, a mamografia digital para complementar a avaliação inicial. Além disso, é fundamental informar ao médico caso esteja planejando engravidar, uma vez, que neste caso, a melhor escolha é postergar a execução da cirurgia para após o término do período de amamentação.
Indispensável reforçar que, apesar das cirurgias estéticas estarem cada vez mais conhecidas e com a possibilidade de bons resultados, o acompanhamento de um cirurgião plástico que seja membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e reconhecido pelo CFM (Conselho Federal de Medicina) diminuirá o risco de problemas e aumentará as suas chances de obter o resultado desejado, especialmente em procedimentos cirúrgicos que exigem maior técnica , comprometimento e dedicação de toda equipe. Em tempo , é sempre bom lembrar que não existe resultado que seja eterno e, ao longo da vida , aquelas mulheres que desejarem manter o resultado inicialmente obtido, terão que se submeter a um novo procedimento!
Dr. Cássio Amancio
Cirurgião Plástico
CRM 74381